segunda-feira, 16 de novembro de 2015

`Hoje levantei com vontade de rever minhas primeiras postagens e revendo-as resolvi posta-las novamente.
Vamos rever O começo de Parkinson na minha vida


Sabe aquele dia que você levanta triste?
Que o dia parece cinzento e sem brilho?
Esse dia é um daqueles que você preferia ter ficado na cama e fechado bem os olhos para que o dia seguinte viesse logo não é assim?
Hoje nem sei bem porque pensei muito no tempo que passei lutando contra dores nos braços e ombros e quanto demorou para que eu tivesse o diagnóstico de Parkinson.
Foram perto de cinco anos correndo de Ortopedista em Ortopedista,consultando e recebendo de cada um deles uma causa diferente para minha dor.
Depois comecei a sentir que minha mão direita não fazia o movimento natural ao pentear cabelos por exemplo.
Fui ficando meio deprimida pois não sabia o que estava realmente acontecendo comigo.
Sentia um cansaço anormal,e estava começando a sentir umas contrações dolorosas nas pernas e no braço,só o direito.
Estava chegando o dia de meu aniversario,e faltando uma semana minha filha ,que já tinha então se formado em Medicina,chegou naquela manha na porta de meu banheiro e ficou conversando comigo que penteava os cabelos.
Ela ficou olhando,olhando,olhou tanto me observando que fiquei incomodada.
Perguntei:
-Aconteceu alguma coisa filha?
Ela ficou um tempo sem responder .
Depois olhou bem nos

meus olhos e falou:
-Mãe!Estou te observando e acho que o que você tem não tem nada a ver com Ortopedista,creio que seu caso é para um Neurologista.
E vamos nós...
Marcamos consulta para o dia seguinte e fui acompanhada de minha filha.
Na sala de espera lotada fiquei observando as pessoas e tentava na minha mente imaginar o que cada uma podeeria ter para estar ali como eu?
Principalmente rezava em silencio pedindo ao Senhor que me desse força e coragem para enfrentar o que fosse .
Repetia várias vezes: Senhor ,dai-me força e coragem..
Então chegou minha vez.Entrei com o coração aos pulos ( não sei porque estava tão ansiosa que pensei ouvir as batidas de meu coração.E o pior ,pensei que o médico e minha filha também ouviam.
A consulta foi bem minuciosa.Ele repetia a todo momento:já, já,digo o que a senhora tem,quero só ter confirmado uns pontos.
Depois de não sei quanto tempo de ansiedade e medo,onde eu queria e não queria saber o diagnóstico,enfim o danado veio... 
A senhora é portadora do MAL DA SÍNDROME DE PARKINSON.
O chão sumiu debaixo de meus pés.Fiquei muda e estática.Até hoje não sei como não caí.Já não ouvia mais nada.Sequer sei o que ele e minha filha conversaram.Soube depois ,muito depois o que falaram e os exames que me pediu estavam nasa mãos dela.
Entrei no carro girei a chave no volante e só então ouvi minha filha dizendo: -Mãe,deixa que eu levo o carro,você está muito tensa.
Falei (falei? Ou sussurrei?)Pode deixar,eu dirijo,ainda sei dirigir meu carro ok?
Bem,hoje, lembrando tudo isso parece a história de outra pessoa,não minha.
A verdade é que nunca mais voltei no Neurologista que diagnosticou-me PK.
Comentei isso na última consulta com meu Neurologista e ele disse que isso 
acontece mesmo e é porque fiquei traumatizada com a noticia que ele me deu.
Não sei porque estou escrevendo isso hoje.É a primeira vez que falo ou escrevo sobre esse começo.Sempre comento de tudo em relação ao Pk,mas ainda não tinha mencionado como foi revelado e minh areação inicial.
Depois disso,nas semanas que sucederam fui a outro medico e começou minha luta contra esse sr .
Mas isso é assunto par outra postagem.Quem sabe amanha?

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